O panorama econômico de 2022 ainda encontra sequelas da pandemia e do clima político incerto que se instaurou em 2021. Entretanto, é possível estar preparado para a economia neste ano, e por isso a MOOVpay preparou este artigo para te dar uma força e te ajudar a ficar por dentro do rolou e deve rolar nos próximos meses!
Ah, e a gente preparou ainda, no final deste texto, uma sessão exclusiva sobre a economia na região de Goiás e do DF. Borá lá?
Os resultados de 2021
O ano de 2021 teve seu desempenho econômico determinado pelo risco fiscal, consequentemente o preço dos ativos financeiros (câmbio, juros e a bolsa) também sofreram o impacto. Para entender melhor o que esperar em 2022, separamos os principais pontos econômicos de 2021 e fizemos uma breve retrospectiva abaixo.
Já no início do ano passado a dívida do PIB estava em 100% e as previsões eram de um déficit primário de bilhões de reais. Como resultado disso, o Banco Central aumentou a taxa de juros em março e adotou uma política monetária dura em busca do desaceleramento da inflação.
Com isso, o PIB voltou a subir (crescimento de 1,3% t/t) e o superavit primário do primeiro trimestre foi maior que o esperado (R$ 51,6 bilhões), reverteu as expectativas, e os ativos voltaram a uma trajetória de elevação.
Com o avanço da vacinação e a queda no número de mortes, os brasileiros viram uma luz no final do túnel, o mercado de trabalho reagiu, e a taxa de desemprego caiu de 14,9% da força de trabalho no primeiro trimestre para 12,1% no trimestre encerrado em outubro.
No cenário microeconômico, o governo obteve suas vitórias como a aprovação de reformas e novos marcos regulatórios e a autonomia do Banco Central possibilitou reformas no mercado de créditos e capitais.
Apesar de ter sido um ano negativo do ponto de vista macroeconômico, rompimento do teto do gasto e perda de credibilidade do regime fiscal, entretanto, micro economicamente o ano teve seu saldo positivo junto da volta dos investimentos privados à economia.
Agora, para 2022, sobra um país ainda com alta taxa de desemprego e com baixo crescimento do PIB diante da elevação da taxa de juros para combater a inflação.
Pandemia: o que deve rolar em 2022?
Quando pensamos que teríamos enfim o início de um ano com a COVID sob controle, a variante Omicrôn marcou mais uma nova explosão da transmissão comunitária dessa doença que assola o mundo desde 2019.
As infecções já bateram recorde desde o início da pandemia em janeiro. E apenas por sorte e consciência de grande parte dos brasileiros que já se vacinaram e continuam se vacinando, que o número de mortes está muito menor do que o dos picos anteriores que marcaram o país.
Pensando na grande diversidade populacional brasileira, devemos priorizar a consciencialização e o uso correto das medidas de segurança sanitárias. Pois, a pandemia ainda não acabou e ainda é cedo para afirmar o que se espera dela em 2022.
Ano de eleição: de que forma isso pode impactar a economia do Brasil?
Historicamente, o ano eleitoral, é um período em que há pequenos avanços nas necessárias reformas estruturantes para melhorar o ambiente fiscal. Essa condição deve ser intensificada pelo atual e inquietante ambiente político.
Ao mesmo tempo, há um risco para a inflação, pois o pleito pode trazer uma volatilidade cambial muito grande que dificulta mais ainda a evolução econômica do Brasil em 2022.
Impostos: como ficam?
Em 2021, a arrecadação de impostos bateu o valor mais alto desde o início da série histórica da Receita há 27 anos. O governo federal arrecadou quase R$ 1,9 trilhão em impostos. E em 2022, o que sobe e o que desce? Vai aumentar ou congelar?
Para itens essenciais, o reajuste tarifário pode ser prejudicial ao bolso. A energia elétrica deve ter o reajuste médio de 21,04%, também consequência da pior crise hídrica dos últimos 91 anos.
Já o IGP-M deve perder força e subir 5,49% segundo o relatório Focus do Banco Central. O IPVA também sobre em 2022 variando nos estados e com uma média de 23,9% de aumento no valor final. O IPTU que em São Paulo, por exemplo, teve o seu valor limitado à 10% pela Câmara Municipal em um projeto que corrige o IPTU pela inflação até 2024 com teto de 10%. Ou seja, se a inflação for acima de 10%, só terá correção até esse percentual.
A economia em Goiás e no DF
Em 2021, o Estado de Goiás fechou o ano com o saldo positivo de 107.215 postos de trabalho formal com carteira assinada. Assim, Goiás atingiu o primeiro lugar no ranking de geração de empregos na Região Centro-Oeste.
A expectativa do governo estadual de Goiás em 2022 é de que a economia melhore com fatores como a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
A aposta de geração de emprego e renda também está no e-commerce que cresceu exponencialmente na pandemia e continua a ter espaço relevante na renda dos empreendedores.
Já em Brasília, houve a criação de mais de 64 mil empregos graças ao corte de impostos do GDF, além do lançamento de obras públicas e o investimento em capacitação profissional para estimular a economia mesmo em tempos de pandemia.
Além disso, o cidadão brasiliense pode contar com o parcelamento do pagamento do IPTU e TLP, enquanto pagará cerca de 10% a menos no ICMS da gasolina, e 20% a menos no do diesel. A medida é gradativa para os próximos três anos (2022, 2023 e 2024).
Os empregos e programas de qualificação, principalmente na área de construção civil, seguem a todo vapor e dando esperança para a população do Distrito Federal.
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Ilustrações gentilmente cedidas por FREEPIK.